As pessoas com deficiência fazem cursos que antes eram difíceis de serem iniciados e/ou concluídos devido à falta de estrutura física e às várias barreiras existentes para chegarem os prédios das instituições de ensino que, mesmo sendo legalmente obrigadas a disponibilizarem meios amigáveis de acesso e comunicação dentro de seus estabelecimentos, não se encontram preparadas para recebê-los.
Percebe-se que muitas mudanças são necessárias e emergentes, tais como criação de políticas públicas que viabilizem a aquisição de computadores e todos os recursos necessários para que as pessoas com deficiência consigam se qualificar sem ter que sair de suas casas. Por outro lado, temos de destacar que políticas públicas de acessibilidade para que essas universidades tenham uma educação inclusiva, que sejam em si mesmas acessíveis, já existem e que devem ser aplicadas para que essas pessoas possam enfrentar todos os obstáculos físicos e sociais existentes com mais comodidade.
As pessoas com deficiência há muito já vêm se especializando e fazendo cursos em entidades de ensino superior e até mesmo são professores em inúmeros desses cursos. Pessoas com deficiência podem se qualificar para serem aceitos e podem conseguir empregabilidade por meio de suas competências e não somente pelo fato de haver leis que garantam vagas por meio de cotas.
Alex Gonçalves de Souza
Referência : Site - http://www.bengalalegal.com/ortograf.php
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Inclusão no Brasil.
Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), há no Brasil 24,6 milhões de pessoas com deficiência. Apenas 9 milhões estão inseridas no mercado formal de trabalho. Nas ruas, os cegos ainda vendem bilhetes de loteria e muitos cadeirantes vendem balas ou pedem esmola. A maior parte não teve acesso à educação.
Por muitos anos, as pessoas com deficiência estiveram à margem da sociedade, num processo de segregação. Até a década de 70 do século XX, a escola seguia o modelo da integração, ou seja, aceitava somente os alunos que tivessem condições de acompanhar os métodos de ensino e o ritmo de aprendizagem da maioria dos alunos. Considerava-se que a deficiência era um problema que estava na pessoa e, portanto, era ela que precisava ser habilitada, reabilitada e educada para se tornar apta para satisfazer os padrões aceitos no meio social.
Os que não estivessem "prontos" para a escola precisavam ser preparados numa classe especial ou numa escola especial. A partir dos anos 80, esse modelo começou a ser questionado e, nos anos 90, o conceito de inclusão começou a ganhar força. Escolas, empresas e espaços públicos devem estar preparados para acolher as pessoas com deficiência: sem barreiras arquitetônicas e com mobiliário adaptado. Mais que isso, todos devem estar preparados para encontrar alternativas que favoreçam a inclusão das pessoas com deficiência.
Alex Gonçalves de Souza
Referência : Site - http://www.bengalalegal.com/ortograf.php
Por muitos anos, as pessoas com deficiência estiveram à margem da sociedade, num processo de segregação. Até a década de 70 do século XX, a escola seguia o modelo da integração, ou seja, aceitava somente os alunos que tivessem condições de acompanhar os métodos de ensino e o ritmo de aprendizagem da maioria dos alunos. Considerava-se que a deficiência era um problema que estava na pessoa e, portanto, era ela que precisava ser habilitada, reabilitada e educada para se tornar apta para satisfazer os padrões aceitos no meio social.
Os que não estivessem "prontos" para a escola precisavam ser preparados numa classe especial ou numa escola especial. A partir dos anos 80, esse modelo começou a ser questionado e, nos anos 90, o conceito de inclusão começou a ganhar força. Escolas, empresas e espaços públicos devem estar preparados para acolher as pessoas com deficiência: sem barreiras arquitetônicas e com mobiliário adaptado. Mais que isso, todos devem estar preparados para encontrar alternativas que favoreçam a inclusão das pessoas com deficiência.
Alex Gonçalves de Souza
Referência : Site - http://www.bengalalegal.com/ortograf.php
Escolas Inclusivas e Inclusão.
As tendências pedagógicas modernas referentes à educação dos cegos, assim como a de todas as outras pessoas com deficiência, prescrevem sua inserção no sistema escolar comum, desde o pré-escolar até a universidade, com vistas, especialmente, a combater a segregação das pessoas cegas
Dessa forma, as pessoas com deficiência visual ou qualquer outra, podem mais facilmente serem incluídas na sociedade e sentirem-se cidadãos úteis, e não encargos. Além de cegos graduados em diversos cursos superiores como advocacia, tecnologia da informação, pedagogia, psicologia, administração, existem hoje muitos cegos que são técnicos de excelente desempenho. Há ainda cegos engajados na vida artística, sobretudo instrumentistas e cantores.
Atualmente, tanto quanto o Sistema Braille, a informática atua fortemente na educação de pessoas cegas, pois os programas leitores de tela permitem a leitura e escrita para os cegos que, dessa forma, podem utilizar editores de texto para fazerem trabalhos, ter acesso à internet, fazer pesquisas e trocar informações com todo o mundo de conhecimentos disponível na web. Uma pessoa com deficiência visual pode, além disso, escanear um livro e posteriormente Lê-lo com seu programa de leitura, que pode falar o que está na tela se acompanhado de um sintetizador de voz, ou dispor em Braille se acompanhado de um monitor Braille. As ajudas técnicas disponíveis estão cada vez mais avançadas nesse sentido, além de que a sociedade, através das leis, começa a ajustar as informações para que estas se tornem mais acessíveis.
Alex Gonçalves de SouzaReferência
Site - http://www.bengalalegal.com/ortograf.php
Dessa forma, as pessoas com deficiência visual ou qualquer outra, podem mais facilmente serem incluídas na sociedade e sentirem-se cidadãos úteis, e não encargos. Além de cegos graduados em diversos cursos superiores como advocacia, tecnologia da informação, pedagogia, psicologia, administração, existem hoje muitos cegos que são técnicos de excelente desempenho. Há ainda cegos engajados na vida artística, sobretudo instrumentistas e cantores.
Atualmente, tanto quanto o Sistema Braille, a informática atua fortemente na educação de pessoas cegas, pois os programas leitores de tela permitem a leitura e escrita para os cegos que, dessa forma, podem utilizar editores de texto para fazerem trabalhos, ter acesso à internet, fazer pesquisas e trocar informações com todo o mundo de conhecimentos disponível na web. Uma pessoa com deficiência visual pode, além disso, escanear um livro e posteriormente Lê-lo com seu programa de leitura, que pode falar o que está na tela se acompanhado de um sintetizador de voz, ou dispor em Braille se acompanhado de um monitor Braille. As ajudas técnicas disponíveis estão cada vez mais avançadas nesse sentido, além de que a sociedade, através das leis, começa a ajustar as informações para que estas se tornem mais acessíveis.
Alex Gonçalves de SouzaReferência
Site - http://www.bengalalegal.com/ortograf.php
Acessibilidade na Internet para Deficientes Visuais
Acessibilidade na Internet para Deficientes Visuais
“ ...Acessibilidade significa facilidade de interação, aproximação. A acessibilidade no âmbito das tecnologias de informação está associada a ações que tem como objetivo tornar os computadores mais acessíveis a todos os usuários.
Segundo Godinho, [7] a Acessibilidade envolve três noções: "Usuários", "Situação" e "Ambiente": O termo "Usuários" significa que nenhum obstáculo deverá ser imposto ao indivíduo face às suas capacidades sensoriais e funcionais. O termo "Situação" significa que o sistema é acessível e utilizável em diversas situações, independentemente do software, comunicações ou equipamentos e o termo "Ambiente" significa que o acesso não é condicionado pelo ambiente físico envolvente, exterior ou interior.
A acessibilidade na Internet caracteriza-se pela flexibilidade da informação e interação. Esta flexibilidade torna possível sua utilização por pessoas com necessidades especiais, bem como a utilização em diferentes ambientes e situações através de vários equipamentos ou navegadores.
Os principais problemas sentidos por usuários deficientes visuais são dificuldades em obter informações apresentadas visualmente; interagir usando um dispositivo diferente do teclado; distinguir rapidamente os links num documento; navegar através de conceitos espaciais; distinguir entre outros sons uma voz produzida por síntese.
A adoção de técnicas de acessibilidade na concepção das páginas e aplicações para a Internet não são limitações, antes pelo contrário, estas tornam-nas mais robustas, flexíveis, rápidas e fáceis de usar para usuários em geral. Permitem também a utilização de equipamentos menos convencionais para o acesso à Internet como a televisão, o telefone e equipamentos eletrôonicos de bolso, bem como a utilização de equipamentos mais antigos.
O tempo necessário para introduzir técnicas de acessibilidade na concepção de uma página atinge aproximadamente 5% do tempo gasto para escolher uma apresentação visual agradável. As normas de acessibilidade devem ser usadas pelos responsáveis pelo desenvolvimento dos conteúdo, sendo estes responsáveis pela qualidade e quantidade de informações que serão transmitidas aos indivíduos portadores de deficiência...”
Alex Gonçalves de Souza
. Bibliografia
1. IBM Web Accessibility for Special Needs http://www.austin.ibm.com/sns/accessweb.html
2. Microsoft Accessibility Guidelines for WWW http://microsoft.com/enable/dev/web/guidelines.htm
3. BOBBY http://www.cast.org/bobby
4. Web Content Acessibility Guidelines 1.0 http://www.w3c.org/TR/WAI-WEBCONTENT
5. Educação Profissional de Pessoas Portadoras de Deficiência,Relatos, Críticas e Reflexões
Adonai Rocha
6. Mídia e deficiência: Manual de Estilo. Ministério da Justiça. Secretaria dos Direitos da Cidadania. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE. Brasília, 1996.
7. Guia de Acessibilidade. Grupo Português pelas iniciativas em acssibilidade. Internet: http://www.acessibilidade.net
8. WAB: World Wide Web Access for Blind and Visually Impaired Computer Users. http://www.inf.ethz.ch. ETH, Eidgenossische Technische Hochschule Zurich.***
9. HENDRIX, Paul e BIRKMIRE, Michael. Adapting Web Browsers for Accessibility. Center for Accessible Technology. http://www.jsrd.or.jp
10. Projeto DosVox http://www.nce.ufrj.br/aau/dosvox
11. Livro acessibilidade na Internet. http://www.acessibility.net
12. ALMEIDA, Ana Sofia Barros. Educação Especial http://lms.dei.uc.prática/Aulas/SF/9899/Aalmeida/interfaces.html
13. JAMES, Frankie. Lessons from Developing Audio HTML Interfaces. Stanford University.(fjames@cs.stanford.edu)
14. PwWebSpeak for Windows 95,98 and NT. http://www.produworks.com.pww32.htm
“ ...Acessibilidade significa facilidade de interação, aproximação. A acessibilidade no âmbito das tecnologias de informação está associada a ações que tem como objetivo tornar os computadores mais acessíveis a todos os usuários.
Segundo Godinho, [7] a Acessibilidade envolve três noções: "Usuários", "Situação" e "Ambiente": O termo "Usuários" significa que nenhum obstáculo deverá ser imposto ao indivíduo face às suas capacidades sensoriais e funcionais. O termo "Situação" significa que o sistema é acessível e utilizável em diversas situações, independentemente do software, comunicações ou equipamentos e o termo "Ambiente" significa que o acesso não é condicionado pelo ambiente físico envolvente, exterior ou interior.
A acessibilidade na Internet caracteriza-se pela flexibilidade da informação e interação. Esta flexibilidade torna possível sua utilização por pessoas com necessidades especiais, bem como a utilização em diferentes ambientes e situações através de vários equipamentos ou navegadores.
Os principais problemas sentidos por usuários deficientes visuais são dificuldades em obter informações apresentadas visualmente; interagir usando um dispositivo diferente do teclado; distinguir rapidamente os links num documento; navegar através de conceitos espaciais; distinguir entre outros sons uma voz produzida por síntese.
A adoção de técnicas de acessibilidade na concepção das páginas e aplicações para a Internet não são limitações, antes pelo contrário, estas tornam-nas mais robustas, flexíveis, rápidas e fáceis de usar para usuários em geral. Permitem também a utilização de equipamentos menos convencionais para o acesso à Internet como a televisão, o telefone e equipamentos eletrôonicos de bolso, bem como a utilização de equipamentos mais antigos.
O tempo necessário para introduzir técnicas de acessibilidade na concepção de uma página atinge aproximadamente 5% do tempo gasto para escolher uma apresentação visual agradável. As normas de acessibilidade devem ser usadas pelos responsáveis pelo desenvolvimento dos conteúdo, sendo estes responsáveis pela qualidade e quantidade de informações que serão transmitidas aos indivíduos portadores de deficiência...”
Alex Gonçalves de Souza
. Bibliografia
1. IBM Web Accessibility for Special Needs http://www.austin.ibm.com/sns/accessweb.html
2. Microsoft Accessibility Guidelines for WWW http://microsoft.com/enable/dev/web/guidelines.htm
3. BOBBY http://www.cast.org/bobby
4. Web Content Acessibility Guidelines 1.0 http://www.w3c.org/TR/WAI-WEBCONTENT
5. Educação Profissional de Pessoas Portadoras de Deficiência,Relatos, Críticas e Reflexões
Adonai Rocha
6. Mídia e deficiência: Manual de Estilo. Ministério da Justiça. Secretaria dos Direitos da Cidadania. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência – CORDE. Brasília, 1996.
7. Guia de Acessibilidade. Grupo Português pelas iniciativas em acssibilidade. Internet: http://www.acessibilidade.net
8. WAB: World Wide Web Access for Blind and Visually Impaired Computer Users. http://www.inf.ethz.ch. ETH, Eidgenossische Technische Hochschule Zurich.***
9. HENDRIX, Paul e BIRKMIRE, Michael. Adapting Web Browsers for Accessibility. Center for Accessible Technology. http://www.jsrd.or.jp
10. Projeto DosVox http://www.nce.ufrj.br/aau/dosvox
11. Livro acessibilidade na Internet. http://www.acessibility.net
12. ALMEIDA, Ana Sofia Barros. Educação Especial http://lms.dei.uc.prática/Aulas/SF/9899/Aalmeida/interfaces.html
13. JAMES, Frankie. Lessons from Developing Audio HTML Interfaces. Stanford University.(fjames@cs.stanford.edu)
14. PwWebSpeak for Windows 95,98 and NT. http://www.produworks.com.pww32.htm
A EDUCAÇÃO/INCLUSÃO DO DEFICIENTE VISUAL
Na atualidade, muito se discute em relação à diversidade da sociedade como um todo. E a escola é o espaço primeiro e fundamental de manifestação dessa diversidade. Decorrente dessa premissa, surge à necessidade de defender a escolarização como princípio inclusivo, reconhecendo a possibilidade e o direito de todos que não são tocados por ela.
Para construir uma sociedade mais inclusiva, é preciso considerar que, quanto mais rica a diversidade, mais rica se torna a figura formada pelo conjunto das partes que a compõem, como vários pedaços onde todos são importantes.
Contudo, vivenciamos que a realidade mostra-nos que não é fácil conseguir um contexto efetivo de inclusão. Pelo contrário, é mais fácil vivenciarmos a exclusão.
Inclusão não é oferecer às pessoas com necessidades especiais somente a oportunidade de estarem juntos, fisicamente, dos que não são portadores delas. É preciso garantir-lhes um suporte intersetorial, uma mudança profunda na concepção e na compreensão das diferenças pela sociedade.
Assim, a luta pela inclusão deve ser pautada e associada à melhoria tanto da escola como da sociedade.
A educação, pode-se dizer, que é um processo que visa orientar o educando para um estado de maturidade que o capacite a encontrar conscientemente com a realidade, para nela, atuar de maneira eficiente e responsável, a fim de serem atendidas necessidades e aspirações pessoas e coletivas. Uma vez que:
A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será promovida e incentivada, com a colaboração da sociedade, visando ao pleno desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 19, CAPÍTULO III, ART. 205).
Se a constituição assegura que a educação é um direito de todos, a pessoa com deficiência visual ou baixa visão, está inclusa nesta premissa. No entanto, o artigo 208, inciso III, enfatiza que “[...] o atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, deve ser oferecido, preferencialmente, na rede regular de ensino”. (CONSTITUIÇÃO FEDERAL, ART. 208, INCISO III). Todas as ações educativas deverão apontar para a inclusão de pessoa com deficiência visual ou baixa visão no ensino regular, desde que, sejam bem planejadas e estruturadas.
A política de educação inclusiva, no Brasil, está embasada na Declaração de Salamanca, elaborada pela Conferência Mundial de Educação Especial, que ocorreu em 1994. A Declaração afirma que as escolas regulares, com orientação inclusiva, são os meios mais eficazes de combater atitudes discriminatórias.
O conceito de inclusão aponta para aprofundarmos os questionamentos sobre a diversidade, compreendendo as diferenças, as especificidades do ser humano, individual ou coletivo e, principalmente, as situações da realidade social, conforme Mitter (2003).
Então, a inclusão daqueles que apresentam características diversas, vem impondo aos educadores novas formas de repensar as concepções da escola padronizada e igual, suas práticas de ensino, suas formas de avaliação e seus tempos de progressão.
Trata-se então, de normalizar o contexto em que as pessoas se desenvolvem, ou seja, oferecer às pessoas com deficiência visual ou baixa visão, modos e condições de vida diária os mais parecidos possíveis às formas e condições de vida do resto da sociedade. Isso implica adaptações dos meios e condições de vida às necessidades dos indivíduos com deficiências, condutas típicas e de altas habilidades.
A inclusão consiste justamente em inserir aqueles que possuem necessidades educativas especiais e o reconhecimento das necessidades de ações para se conseguir de fato uma “educação para todos”, incluindo os que são impedidos, por algum motivo, de participar do processo educacional. O aluno com deficiência visual ou baixa visão, teria a vantagem de estar convivendo num espaço social diverso, rico e estimulante, o que seria útil para uma integração social, independente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, lingüísticas. O princípio de que todos aprendem juntos é a premissa de que a escola é capaz de reconhecer e responder às necessidades diversificadas dos alunos, acomodando diferentes estilos e ritmos de aprendizagem e assegurando a educação de qualidade.
Ao inserir uma pessoa com deficiência visual no ensino regular, a escola deverá estar atenta para oferecer apoio à família; estar ciente do diagnóstico da deficiência, bem como verificar o interesse e aceitação da família pela e da deficiência. Alguns indicadores pedagógicos, para pessoas com limitações no processo de desenvolvimento, seriam necessários: a adequação aos recursos materiais; orientação pedagógica especial; adaptação de trabalhos diversificados dentro do currículo escolar; adequação de programas especiais que propiciem condições educacionais e terapêuticas ao aluno com necessidades educativas especiais (da comunidade para dentro da escola) e que favoreçam a produção e construção coletiva do conhecimento; equipe de trabalho capacitada com atualizações e reuniões de novos métodos e estratégias para trabalhar com a deficiência sob e dentro do enfoque inclusivo; aceitação das diferenças individuais, etc.
Entre os vários aspectos a serem discutidos e implementados para a concretização da educação inclusiva, o currículo escolar se configura como aquele que articula grande número de indicações para a ação pedagógica, o que justifica a importância atribuída à sua organização e ao conhecimento dos conteúdos que o compõe.
Para obtenção do sucesso na aprendizagem, devem ser contemplado e recomendado à adoção de currículos abertos, diversificados e flexíveis, seguindo como subsídios os Parâmetros Curriculares Nacionais, inclusive o de Adaptações Curriculares – Estratégias para a educação de alunos com necessidades educacionais especiais; que norteiam a organização e o funcionamento da escola para atender à demanda diversificada de alunos. O currículo deve ser o mesmo para todos os alunos, porém, o mesmo adequado às necessidades, capacidades e diferenças individuais. Por isso, compete ao educador buscar capacitar-se profissionalmente para trabalhar com a diversidade na sala de aula.
Ao iniciar o processo de educação da pessoa com deficiência visual (total ou baixa visão), desde os programas de estimulação precoce, faz-se necessário educá-la de forma a atender suas necessidades. A escola ou instituição, deve providenciar o material didático necessário como o soroban, além do ensino do código Braile e das noções de orientação e mobilidade, promotoras das atividades de vida diária autônoma e social. Deve-se também, levá-la a conhecer e aprender ferramentas de comunicação, que por sintetizadores de voz, possibilitam ao DVT escrever e ler via computadores.
Inventado por Louis Braille, na França, em 1825, o Sistema Braile consiste num método especial de alfabetização, de caráter universal que desenvolve a leitura e a escrita para pessoas com deficiência visual.
O Sistema Braile é formado por seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas, uma ao lado esquerdo e a outra, no lado direito. Sendo os pontos 1, 2 e 3, na coluna esquerda contado de cima para baixo e 4, 5 e 6, na coluna direita, também contado de cima para baixo, para a posição de leitura. Os seis pontos, formam a chamada cela Braile. A diferente disposição desses seis pontos permite a formação de 63 combinações ou símbolos. A utilização do soroban, como método ideal de cálculo para as pessoas com deficiência visual, permite escrever números com certa rapidez. O permite a realização de cálculos mentais e qualquer tipo de operação matemática. O instrumento é uma espécie de ábaco de forma retangular, com hastes verticais compostos de elementos móveis, que permitem a realização de contas de valor 1 e de valor 5, separados por uma haste horizontal. Permite ao deficiente visual, desenvolver habilidades importantes, como a atenção, a discriminação auditiva e visual, a memória, a concentração, o controle motor, o equilíbrio entre o pensamento e a ação. Estes requisitos permitem a aprendizagem eficaz do método.
Cabe-nos citar que Rocha (2004, p. 33), enfatiza que “o currículo do aluno deficiente visual será o mesmo do aluno vidente, com adaptações necessárias para que o aluno com perda visual possa ter a mesma compreensão dos conteúdos”. Para tal, o professor deverá posicionar o aluno de forma a favorecer a escuta do professor; propiciar-lhe conhecimento do ambiente e autonomia em sala e na escola; trabalhar com materiais de suporte concreto para a aquisição de conceitos matemáticos e acadêmicos, além de oferecer ao aluno com visão subnormal, uma ampla variedade de material didático.
Para isso, é a Escola Regular que tem que buscar meios de adaptar-se a estes alunos: na infra-estrutura física e material, nas adaptações curriculares, na preparação dos professores e funcionários e toda a escola, familiares, etc.
A integração não está restrita somente à classe regular. Convivendo com os outros, pessoas com deficiência visual, podem estabelecer trocas importantes para o seu desenvolvimento. Vivenciar a educação de forma integrada permite que a sociedade perceba estes alunos de uma outra maneira e de forma positiva. A inclusão é possível, por acreditar que todo indivíduo é capaz, tendo um potencial a ser desenvolvido, desde que respeitada a especificidade de cada um, dando condições necessárias e estabelecido um vínculo afetivo entre os envolvidos.
O que podemos perceber, é que estamos diante de uma nova perspectiva, uma nova maneira de ver socialmente as pessoas com necessidades especiais com a Educação Inclusiva, através dos princípios políticos e práticos das necessidades especiais, expressos na Declaração de Salamanca (1994).
À sociedade cabe a implementação de ajustes e providências necessárias para que possibilitem o acesso e a convivência no espaço comum, não segregado, do deficiente visual. Também, cabe-lhe reorganizar-se de forma a garantir o acesso de todos os cidadãos, inclusive os que possuem necessidades especiais.
A busca pela heterogeneidade entre os seres humanos e a construção de uma sociedade democrática, igualitária e aberta, poderá mostrar-nos que as diferenças enriquecem o cotidiano e fazem-nos crescer como pessoas e cidadãos... Este é o grande desafio!
Aline Karol Laudino de Lima
Maria da Costa Silva
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